
como economizar em hospedagens
Aqui vai uma dica para aqueles que viajam com pouco orçamento e buscam formas mais econômicas de viajar.
Poucas pessoas sabem, mas é possível realizar um trabalho em troca de não só hospedagem, mas também refeições e, em alguns casos até ganham ajuda de custo (embora esse último caso eu só ouvi falar na Inglaterra).
Como funciona? Bom existe algumas plataformas em que a pessoa que está precisando de voluntariado posta a vaga e você se candidata. O tipo de trabalho varia, pode ser algo relacionado a fazenda, a um projeto ambiental, algo relacionado a línguas, hostel, etc.
Eu mesmo realizei 3 trabalho voluntário nesse sentido e nas 3 vezes eu era contemplado com acomodação (ás vezes quarto privado, ás vezes compartilhado) e refeição.
A primeira vez que eu realizei foi na França onde eu ajudei em uma fazenda por 3 semanas, apesar do trabalho em fazenda não ser meu forte, eu trabalhava em média 4h por dia, tinha todas as refeições e meu host me levou para conhecer Órleans ainda (inclusive foi no dia que o Brasil foi eliminado da última Copa do Mundo, estavámos em um bar e todo mundo estava torcendo para a Croácia).
Também fiz um voluntariado de 2 semanas na Coréia do Sul, onde eu tralhava por 3 sessões de 50 minutos apenas conversando em inglês com os coreanos. Teve um casal de amigos belgas que ficou um mês de voluntários no local e saíam todo dia para aproveitar Seoul. E também 2 semanas no Vietnã ensinando inglês a crianças.
Geralmente esse tipo de trabalho, o host pede em média 4h por dia 5x na semana. E esses voluntariados você pode pesquisar por país, cidade e tipo de trabalho.
Eu conheço apenas 3 plataformas para esse tipo de troca, sendo elas a Helpx, Workaway e Backpackers e, em todas você precisa de um acesso premium para acessar as vagas e contactar o host. O preço varia, acredito que a Helpx seja a mais barata tendo um custo de menos de R$100 reais com acesso por 2 anos.
Por fim, existe uma outra forma de economizar nas hospedagens, mas esse eu recomendo mais para quem vai ficar poucas noites em uma cidade. O aplicativo Couchsurfing conecta pessoas que desejam hospedar alguém basicamente de graça por algumas noites. Pode ser que o anfitrião peça algo em retorno, tipo ajudar na limpeza da casa ou algo do tipo, mas a maioria só quer uma troca de experiência, conhecer pessoas de outras culturas, praticar o inglês, etc.
Eu confesso que em 5 anos, eu só consegui couchsurfing apenas 2x, eu tentei várias vezes para a Coreia do Sul e no Japão, mas no primeiro sem sucesso e no no Japão até consegui em 2 lugares, mas por conta de mudança de planos, apenas foi bem sucedido. E a primeira vez foi 5 anos atrás em Montréal no Canadá.
Agora se nenhuma das opções é do seu interesse e mesmo assim você busca formas de economizar nas hospedagens, considere se hospedar em cidades vizinhas aquelas que você quer visitar. Por exemplo, na Europa o transaporte público é bem fácil de utilizar e você consegue transitar de cidades vizinhas a aquela capital que você deseja turistar. Eu mesmo fiquei em uma cidade chamado Pinto que fica há uns 30/40 minutos de Madrid de trem (o preço da passagem é normal), também fiquei em Massy que fica há menos de 1h do centro de Paris.

O que levar na mala
Quando eu comecei a viajar, eu gostaria de ter tido um tutorial de o que levar na mala. Isso teria otimizado meu tempo e circulação.
Quando eu comecei a viajar, eu levei quase tudo que eu tinha comigo, peguei roupa demasiado e aprendi que a forma que eu estava viajando eu precisava desapegar.
Eu sai do Brasil com uma mochila e uma mala tamanho M e só em Barcelona, eu me toquei "tenho coisa de mais, muita coisa descenessária" e parti dali comecei a deixar algumas coisas para trás, um pouco em cada lugar.
Em relação a roupa, leve o que você realmente vai precisar na viagem, se a viagem for longa como a minha, esteja sempre preparado com roupas para o calor e roupas para o frio (é minha mala atualmente). Se a viagem for curta, sempre, SEMPRE, olhe a previsão do tempo, acredite isso ajuda muito. Recentemente teve um feriado grande no Vietnã e decidir visitar a ilha paradisíaca de Phu Quoc, estava super animado e estava quente no Vietnã, mas quando eu cheguei lá estava chovendo e choveu todos os dias da minha viagem na ilha, não consegui ver nenhuma das lindas praias e também não fui preparado para pegar chuva.
Uma outra dica que não pode faltar na mala é um carregador portátil, acredite, ele salva vidas! Quando comecei a viajar, não tinha um desses e meu celular estava bem ruinzinho, resultado = descarregava nas horas que eu mais precisava! Eu que não sou bom com direções (não sou bom nem olhando o GoogleMaps), me vi perdido várias vezes quando meu celular morreu e tive que andar por horas (aconteceu principalmente em Barcelona e em Paris). No fim das contas tive que trocar o celular e adquiri um carregador portátil que eu uso inclusive quando eu saio para um rolê com os amigos.
Outro item que sempre carrego comigo é uma pochete tranversal, ela é bem útil e prática, você pode colocar seu celular, carteira, fone de ouvido, o carregador portátil. Ela vai te dispensar a necessidade de mochila e vai tirar o peso dos seus bolsos.
Itens de higiene pessoal dispensam comentários. Mas eu confesso que passei a levar no voo junto comigo, assim posso escovar meus dentes depois das refeições.
Um novo item que tenho aprendido a usar graças a um amigo são bloqueadores sonoros, como eu ainda estou aprendendo a usar, não tenho muito o que falar sobre. Mas acredito que pode ser bem últil para quem tem sensibilidade auditiva ou precisa dormir quando estiver muito barulhento.

CHECK-IN E CHECK-OUT E HOSPEDAGENS
Vamos começar falando sobre hospedagens!
A verdade é que essa varia de pessoa para pessoa. Muitos mochileiros optam por hostel, aquela hospedagem que dorme várias pessoas no mesmo quarto. Eu confesso que eu realmente não gosto dessa modalidade. Sempre tive dificuldades para dormir e acho hostel sempre muito barulhento, seja pelo ronco das pessoas ou alguém indo embora cedo e fazendo barulho para organizar a mala. A maioria das minhas experiências em hostel foram ruins, a pior foi na Coréia do Sul onde era apenas eu e um rapaz numa beliche e eu nunca ouvi uma pesssoa roncando tão alto na minha vida, eu praticamente não dormia naquele lugar. Mas tive uma boa no Camboja, o lugar tinha ate pisicina (o que foi maravilhoso pois estava um calor absurdo na capital cambojana) e as pessoas do quarto não eram tão barulhentas.
Eu peguei hostel poucas vezes, geralmente para viagens curtas, mas eu confesso que sempre busco um quarto privado pelo menos. Por isso eu costumo me chamar de "viajante" do que "mochileiro", acredito que meu estilo de viagem não se encaixe exatamente ao estilo do mochileiro. Em geral, quando se pensa em quarto privado ou um apartamento/casa inteira, as pessoas buscam sempre o Airbnb, mas aqui vai uma dica, você pode encontrar melhores preços utilizando a plataforma Agoda. Em lugares como a China, por exemplo, não tem Airbnb só Agoda mesmo. Esse é interessante que você pode buscar hostel, quarto privado, apartamentos pelo filtro, além disso, ele também vende passagens áreas (embora eu não acredite que seja o mais barato). Eu mesmo estou escrevendo esse texto em um quarto privado em Hanói que eu achei pelo Agoda que estava mais em conta dos que eu vi no Airbnb. Além desses, na Ásia também se utiliza muito o traveloka, mas eu não conheço esse muito, então não tenho propriedade para falar.
Em relação ao check-in e check-out nas hospedagens, minha dica sempre é COMUNICAÇÃO. Geralmente o check-in é sempre na parte da parte e o check-out pela manhã, isso porque pode haver outro hospede no quarto que você vai ficar. E é até compreensível, afinal você também fará o check-out, mas por que então se comunicar?
Bom, muitas pessoas viajam a noite, seja por opção, seja para economizar uma diária, e acabam chegando muito cedo no destino (já aconteceu várias vezes comigo). Nesse cenário, pelo menos eu, quero ir para o quarto descansar e tentar dormir um pouco. Ás vezes o quarto está vago e você consegue fazer o check-in adiantado, mas você só saberá se comunicando, além disso cada anfritão é diferente.
Por exemplo, quando eu cheguei em Madrid, como relatei, peguei o primeiro metrô do dia e cheguei na hospedagem 7h da manhã, a anfriã me permitiu fazer o check-in naquele horário, mas ela falou que eu teria que reservar como se eu tivesse chegado no dia anterior, infelizmente, tive que pagar a mais para dormir um pouco.
Em Barcelona, minha anfriã era uma chinesa que não falava nada de espanhol ou inglês, mas mesmo assim, me recebeu com um sorriso super acolhedor e flexibilizou meu check-out.
Eu peguei um ônibus noturno de Sofia (Bulgária) para Bucareste (Romênia) e cheguei 5:30 da manhã, minha anfritã me permitiu meu check-in naquele horário sem cobrar nada e ainda disse que eu poderia fazer o check-out a hora que eu quisesse. Semelhante aconteceu quando eu cheguei no Vietnã a 1ª vez.
Mas uma vez na Coreia do Sul, eu também cheguei 6h da manhã, mas o anfritão disse que tinha alguém no meu quarto, então eu teria que esperar a hora que ele saísse, ele ia pedir alguém para limpar rápido para que eu pudesse fazer o check-in, mas ai já era 13h.
Enfim, por isso é importante a comunicação, alguns anfritões permitem você realizar o check-in adiantado sem cobrar nada por isso, óbvio que tem a questão de alguém ainda esteja no quarto que você vai ficar, mas você só saberá se comunicando.

AIRLINE LOW-COST VALE A PENA?
As companhia áreas low-cost (baixo custo) são amplamente conhecidas na Europa por fornecerem voos baratos (e acreditem, são realmente baratos!).
Esse tipo de companhia área, não são as mais confortáveis para viajar, não fornecem refeição e você não pode escolher seu assento...ah e você só pode levar mala de mão, mas se quiser despachar a mala, ter refeição no voo e escolher seu assento, também é possível desde que você pague a mais por isso.
As low-costs valem a pena se você não tiver bagagem para despachar e você pode levar um lanchinho para comer no voo. Eu recomendo principalmente para viagens curtas de poucas horas porque as poltronas não são muito confortáveis e você tem pouco espaço.
Na Europa tem várias companhias low costs, eu viajei de Paris para Vienna, de Vienna para Oslo, de Oslo para Sofia de low costs, foram viagens curtas de 1/2h e nessa época eu já estava viajando só com uma mochila, então valeu a pena. E não é só na Europa que é contemplada por low costs, na Ásia também você encontra várias, principalmente em voos domésticos, como Vietnã, Japão, Coreia do Sul, Tailândia, etc., seguindo o mesmo modelo das européias, porém, o custo não é tão baixo, mas ainda assim vale a pena!
Mas considere outras opções de viagem, como ônibus que são super baratos! Sabe a FlixBus no Brasil? Então, ela é super utilizada na Europa, eu viajei de ônibus saindo de Barcelona (Espanha) até Bordeaux (França), as poltronas eram super confortáveis, também viajei de ônibus de Sofia (Bulgária) para Bucareste (Romênia). Além disso, viajei dentro da Tailândia e do Vietnã de ônibus é outro nível, você tem cama sem pagar nada a mais por isso. Eu até conheci e fiz amizade com uma taiwanesa no Laos e ela pegou um ônibus de Luang Prabang (Laos) para Hanoi (Vietnã), foram 25h de estrada! Eu confesso que eu não consigo ficar tantas horas dentro de um ônibus, mas ela sobreviveu rs. Também peguei um ônibus noturno no Japão de Osaka para Tóquio, mas achei bem desconfortável e a qualidade do ônibus achei bem inferior em relação ao Brasil (fiquei sabendo que para um ônibus melhor é preciso pagar mais).
Em relação ao trem na Europa, eu acho que é o mais caro, usei apenas 2x, de Marid para Barcelona e de Bordeaux para Paris. Usei trem também em um trajeto na Tailândia de pouco mais de 1h, não foi o melhor a melhor experiência da minha vida, mas foi rápido.