chegamos a tailândia

Quando se fala em sudeste asiático, logo se pensa na Tailândia e, esse foi meu primeiro destino quando precisei sair do Vietnã por conta do tempo de visto. 

De Hanói até Bangkok é menos de 2h de voo e meu primeiro susto no país foi o tempo! Sai de Hanói em um inverno de 20º e cheguei em Bangkok a 34º, como estava quente! E por conta do calor, me peguei querendo voltar ao meu quarto várias vezes para ficar sob o ar condicionado, mas eu tinha que aproveitar o país.

É interessante que quando a gente fala de constrantes entre o antigo e o moderno, a gente pensa no Japão, mas Bangkok é uma cidade super moderna, com grandes arranha-céus, shoppings luxuosos e modernos, um sistema metroviário super moderno, mas que também é rodeada de templos budistas e representações hindus pela cidade. Em Bangkok eu vi Budas enormes, que mal cambiam na foto.

Meu segundo susto no país foi a comida: super apimentada. Eu sou carioca, e no sudeste brasileiro, com excessão talvez de minas, a gente não come pimenta e, na Tailândia, até o mais simples prato era super apimentado. Talvez esse foi a primeira vez que meu estomâg teve que se adaptar a um gosto, o que futuramente me ajudou na viagem pela Coreia do Sul. Mas o que eu mais gostei de comer foi frutos do mar, fácil acesso e super barato (na verdade a Tailândia é bem barata por si só), provavelmente porque o país tem fácil acesso ao mar.

Perto do meu Airbnb, tinha uma rua repleta de comidas, numa espécie de feira, que você podia comer de tudo e ainda fazer compras para fazer em casa. Já o centro de Bangkok é tão moderno que se você já visitou algum país desenvolvido na vida, não vai sentir falta de nada. E as noites são super movimentadas, na walking street por exemplo é rodeada de bares e comidas de ruas, comi um delicioso e barato phad thai que é uma comida bem típica do país, basicamente um macarrão super macio com camarão, vegetais, limão e amendoim, onde o apimentador, salgado, doce e agridoce se encontram, é imperdível. Os famosos insetos também são super encontrados, mas esses eu evitei, também vi um jacaré exposto, ou o que sobrou dele, pois estava sendo amplamente cortado para ter sua carne vendida.

Algumas situações me ocorreram enquanto estive em Bangkok: 1º foi o táxi do aeroporto que quis me cobrar acima do valor do taxímetro (por isso não pego mais táxi que não seja do aplicativo), segundo eu perdi meu cartão internacional wise, o que dificultou muito sacar dinheiro (a Tailândia, assim como Vietnã, faz uso amplo do dinheiro fisíco, cartão é mais aceito em lojas) e também tive um problema para aplicar meu visto para o Vietnã (informação desencontrada) e tive que pagar o dobro por já ter a passagem comprada. Ah! Quando eu cheguei no país, ao passar pela imigração me pediram para retornar pois eu tinha que fazer uma aplicação online em relação a vacina da febre amarela (achei que era só apresentar o comprovante de vacinação), perdi um tempo, mas tudo resolvido.

De Bangkok, depois de muito cogitar, segui viagem para Chiang Mai, ao norte do país (pensei nas Ilhas Phi Phi , mas optei pelo não óbvio), uma pequena e acolheadora cidade, conhecida pelos safaris de elefantes, mas que possui uma história: a cidade foi toda emurada para proteger de invasões, é possível ver as ruínas dos portões por toda a cidade. Falando em história, uma curiosidade é que a Tailândia é o único país do sudeste asiático que nunca foi colonizado. O governo tailândes sobre negociar com os ingleses que possuiam colônias a oeste (Myanmar e o território da Índia que hoje também contempla o Paquistão e o Bangladesh) e os franceses a leste (Vietnã, Laos e Camboja). Hoje o país é governado por militares e possui uma monarquia onde o rei não vive no país e é constamente alvo de críticas por usar o dinheiro dos tailandeses para sua vida na Alemanha, inclusive, é crime falar mal da realeza tailândesa.

Chiang Mai também é repleta de templos, senão me engano possui a mesma quantidade que Bangkok, porém, em um espaço menor, inclusive, eu caminhei por uma hora para visitar um templo famoso, mas valeu a pena, era um lugar fascinante, a comida e o mercado noturno também foram bem interessantes. De Bangkok eu peguei um ônibus super confortável com direito a água e coberto e um banco que reclinava quase como uma cama, foram em torno de 7h de viagem, cheguei super cedo e devido ao horário do check-in, tive que sair para explorar a cidade. E durante minha estadia na cidade tive a felicidade de assistir um show de uma banda que eu gosto muito. Na verdade, é uma história interessante, eu conheci esse duo chamado HYBS (que infelizmente anunciou seu fim recente) através da minha melhor amiga, eles cantam em inglês e tem uma vibe bem indie que me agrada muito. Eles iam fazer um show em Chiang Mai na mesma época que eu estaria lá, porém, eu não consegui ingresso, mas uma pessoa que tentou me vender me mandou mensagem dizendo para eu ir para a ponte famosa da cidade que era possível ver o show de lá, corri, a casa de shows era aberta e o espaço não era grande, eu pude ver o show perfeitamente, não faria nem diferença se eu tivesse dentro da casa, foi incrível e ainda fiz uma chamada de vídeo com minha amiga para ela assistir o show comigo.

Eu fiquei em torno de uma pessoa na Tailândia, mas retornei no mês seguinte para mais uma semana. Voltei a Bangkok, mas em um diferente airbnb que eu odiei pois não tinha ar condicionada e tava um calor horroroso que o ventilador não dava conta e nem wi-fi (os perregues da vida), mas foi interessante, fui em um parque de diversões com uns amigos que eu tinha feito na primeira viagem e me diverti horrores, fui até me brinquedos que eu sou super medroso e visitei a cidade de Ayutthya que fica a 1:30h de van de Bangkok. Sai cedo na manhã, explorei as ruínas e templos da cidade que também é repleta de história, pois a cidade era um reino próprio e foi invadida pelos birmaneses, não vou saber dizer o século, então muitos templos foram bombardeados; diferente dos templos de Bangkok e Chiang Mai, por exemplo, os de Ayutthaya, são ruínas, muitos do que restou da invasão birmanesa. Por fim, vale mencionar que os templos da cidade são inspirados em Angor Wat, um templo super famoso no Camboja. Eu voltei para Bangkok de trem, como eu peguei a passagem mais barata, não foi uma viagem muito agradável, não tinha ar condicionado, portanto, as janelas ficavam abertas, então entrava muita poeira e isso com o calor excessivo que me fazia soar horrores..., enfim. Da primeira viagem a Tailândia, eu retornei ao Vietnã, e minha seguda saída eu vistei o Laos, voltei a Tailândia e segui para o Camboja. E na próxima história, seguimos para o Laos, nos vemos semana que bem!