Romênia – Prometeu nada e entregou tudo
Eu sai de Sofia rumo a Bucareste, na Romênia, sem saber o que esperar. Eu fui de um país para o outro de ônibus cruzando o famoso Rio Danúbio pela noite. Como ambos países não tem livre acesso, tivemos que parar na fronteira, onde uma pessoa da imigração subiu no ônibus e informou que era um ponto de fronteira e que seriam recolhido os passaportes. Ninguém precisou sair do ônibus, coletaram nossos passaportes e cerca de 30/40 minutos a pessoa retornou e nos entregou os passaportes, seguimos viagem.
Cheguei na capital romena por volta das 5h da manhã e para minha grata surpresa, a anfitriã do Airbnb já tinha autorizado que eu fizesse o check-in quando eu chegasse. Caminhei da rodoviária para o local, uma caminhada de quase 30 minutos e cheguei no Airbnb, não precisei pagar nada a mais por fazer o check-in antecipado e pude dormir (quem me conhece sabe que eu não consigo dormi em viagem).
Se eu pudesse, eu teria explorado mais o país, Bucareste foi simplesmente encantador, não é atoa que chamam de “uma Paris barata”. A cidade lembra sim Paris em alguns aspectos, na arquitetura, nas dinâmicas urbanas, enfim, além de ser um país super barato, sério, me surpreendi com os preços das coisas. Lembro uma vez que fui em um mercado e compre um monte de coisas e fiquei preocupado com o valor total, mas quando fui checar na conversão, o gasto tinha sido mínimo.
Para quem não sabe, a Romênia faz parte da União Europeia, porém, não utiliza o euro como moeda e não faz parte do espaço Schengen (espaço de livre acesso dos países na Europa). Além disso, a Romênia também é a terra do vampiro Drácula, tem até o seu castelo em uma cidade que, infelizmente, não tive tempo de visitar.
Outra curiosidade sobre esse país é que ele tem o maior parlamento do mundo, o negócio é gigante, difícil caber na foto. Mas o que mais fascinou mesmo foi o museu nacional, o lugar além de ser enorme tem peças históricas que eu nunca tive visto na vida, lembra até o estilo grego. A propósito, em uma rua atrás do parlamento, você encontra um museu a céu aberto que conta a história da Romênia em uma linha do tempo. E passear na parte histórica, realmente lembra passear por Paris, a rua tem vários bares, igreja, o aspecto das ruas te faz sentir de volta ao passado. E dentro desse espaço, você encontra uma livraria que é bem famosa na cidade, o lugar é bem charmoso, apesar de eu não visto nada de extraordinário.
Diferente da Bulgária, a Romênia mantém um aspecto europeu, muito parecido com os países que eu havia passado e, apesar de ser considerado um país pobre, ao menos a capital me pareceu bem desenvolvida; altos prédios, shoppings, metrô limpo e moderno. Eu inclusive cogitei em me mudar para lá de tão agradável a atmosfera do lugar. Eu super voltaria e super recomendo uma visita na Bulgária.
Em relação ao Airbnb, minha anfitriã sempre foi muito simpática comigo, além do check-in adiantado, no meu último dia ela falou que eu não precisava de pressa para fazer o check-out pois um novo hóspede só chegaria no dia seguinte, então eu poderia fazê-lo a hora que eu quisesse, porém, meu voo já estava programado e fiz o check-out na hora programada. O quarto era bem aconchegante, grande, eu tinha acesso a cozinha onde eu cozinhei algumas vezes, além que era perto do metrô de do supermercado, foi uma ótima estadia.
Acho que minha saída da Romênia foi uma das mais preocupantes. Primeiro, eu tinha decidido a seguir para o Vietnã e procurei a forma mais barata de chegar no país. Um ótimo site para buscar rotas baratas e que eu super indico é o Rome2Rio, ele pesquisa as mais diversas rotas, possibilidades de trânsitos, modais, etc. Então eu comprei um voo de Bucareste para o Riyadh, na Arábia Saudita, e como eu faria apenas um trânsito nesse país, saindo inclusive do mesmo terminal, eu achei que não teria problemas, mas achei errado.
Do Riyadh eu tinha um voo para Delhi na Índia, problema começou quando eu não consegui fazer o check-in online para o voo de Delhi, ou seja, eu teria que ir até o balcão para realizar o check-in, o que me faria ter que passar pela imigração saudita, porém, eu não tinha visto de trânsito para o país.
Olha, eu quase não dormi na noite anterior da viagem preocupado com isso, fiz várias pesquisas sobre visto e trânsito, vi que quem tinha visto dos EUA com carimbo de uso poderia aplicar para um visto na chegada do país, ou quem tivesse visto do Espaço Schengen com carimbo também conseguia pleitear. O meu caso era o seguinte: eu tinha visto dos EUA, porém não tinha o carimbo, pois utilizei quando fui ao Canadá; eu tinha o carimbo do espaço Schengen, porém não tinha o visto pois brasileiro não precisa de visto. Enfim, me direcionei ao aeroporto de Bucareste, inclusive, quase desisti dessa viagem e pensei em gastar mais de 2 mil reais para fazer um rota pela Turquia, mas cheguei ao aeroporto, e ao fazer meu check-in para o voo de Riyadh, questionei se eu conseguiria o visto na chegada no país e a atendente me garantiu que sim, embora eu ainda não tivesse confiante. Enfim, acabei pegando o voo com destino ao Riyadh onde eu passei pela situação mais preocupante de toda a minha jornada até agora, mas isso ficará para o próximo post onde relatarei quando foi minhas 4h de trânsito na Arábia Saudita e minhas 12h na Índia.
















