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Reencontrei minha pesquisa em Chongqing (China)
Chongqing se tornou meu segundo destino na China, isso porque, talvez vocês lembram que fiz um amigo quando visitei a Grande Muralha em Pequim, então, ele é de Chongqing e mostrou umas fotos que eu fiquei impressionado, o que me levou a retornar a China em dezembro.
A verdade é que minha saúde mental ainda não estava boa, eu comprei uma passagem mas desisti no dia porque não sentia vontade de viajar, mas precisei ir alguns dias depois de todo o jeito pois meu visto no Vietnã estava expirando.
Cheguei nessa cidade conhecida como “cidade do futuro” quase meia-noite e enfrentei alguns problemas para sair do aeroporto e encontrar o táxi já que o metrô já tinha parado de funcionar.
Diferente de Beijing, a experiência em Chongqing foi um pouco mais complicada pois, simplesmente eu não consegui comprar um chip de celular no aeroporto e tudo na China é pelo celular, inclusive pagamentos, como comentei no texto de Beijing, mas consegui me virar.
Chongqing é uma cidade construída nas montanhas, então tudo é extremamento alto, é inacreditável, e sim, a cidade parece que vive no futuro, é só procurar o conceito de “cyber punk” no google que vocês vão entender o que eu estou falando sobre a cidade. Mas para além disso, é uma cidade muito antiga, possui pontos turísticos que são vendas (tipo mercearias ou lugares para comer) no mesmo estilo de centenas de anos, talvez milhares já que a China é uma nação milenar.
Nos primeiros 4 dias eu fiz um couchsurfing que foi uma experiência OK, mas depois achei melhor ir para um hotel.
Lembra que eu falei que é uma cidade onde tudo é alto? Então, eu resolvi caminhar em uma ponte turística que é super alta, no começo foi tranquilo, tirei fotos e tals, mas na volta tive uma crise de pânico, eu comecei a tremer quando percebi a altura e toda vez que o trem passava embaixo, a ponte tremia, a volta foi horrível, eu estava andando torno de tanto medo que fiquei.
Fiz amizades com dois universitários que tinham carro e me levaram para conhecer vários lugares e comer a comida local que é bem famosa (e apimentada), inclusive, Chongqing é o berço do hotpot (que eu estou sempre comendo no Vietnã haha).
Falando em pontos turísticos, um dos pontos turísticos que fica bem no centro da cidade é um memorial, esse é referente as vítimas e aos que combateram os invasores japoneses durante a Segunda Guerra e foi a partir daqui que reencontrei minha pesquisa.
Bom, para quem não sabe, eu sou formado em relações internacionais e minha monografia foi a respeito das relações sino-japonesas (China e Japão), apesar de focar as relações em anos mais recentes, ao traçar o contexto dessa relação, encontramos a guerra e o quão pesada essa foi para os chineses (eu tento não escrever muito detalhadamente pois é muito pesado, mas se quiserem saber mais, podem buscar sobre o massacre de nanquin que vocês terão o grande panorama do que foi essa guerra).
Acontece que com a invasão do Japão na China, o governo mudou a capital para Chongqing, e essa acabou sendo bombardeada, além do museu focado na guerra em Chongqing, também tem tuneis pela cidade que foram usadas pelos chineses para se proteger dos bombardeios, nesses tuneis também tem histórias, como mini museus.
Apesar de ter pesquisado a guerra sino-japonesa e até aprofundando na relação entre esses dois países em outros trabalhos pós-faculdade, eu confesso que eu desconhecia sobre a participação de Chongqing na guerra, talvez porque Nanqing acaba ganhando destaque por conta do massacre, enfim, de toda a forma, foi uma surpresa reconcentrar minha pesquisa visitando a cidade (sim, visitei o museu, o memorial e um tunel - todos de surpresa), além de ter aprendido mais, obviamente. Quem sabe não vira um novo trabalho no futuro através desse novo conhecimento adquirido.
Por fim, como eu falei, minha saúde mental ainda não estava boa, o que me deixou ansioso para retornar ao Vietnã, porém, acabei enfrentando uma demora por conta de um erro no visto. No total, passei uma semana inteira na cidade e tentei aproveitar de toda a forma possível, conheci os principais pontos turísticos, inclusive onde o trem passa dentro do prédio, a ponte que eu mencionei, os bairros antigos, etc.
E no próximo texto chegaremos na Indonésia, especificamente na ilha de Bali. E, pela primeira vez, não viajei sozinho. Até lá!





















