Desde que eu comecei a viajar, eu fui nos países que eu queria visitar naquele momento e, de certa forma, eu tenho uma espécie de chamado para visitar determinado lugar. Ás vezes esse chamado acerta, ás vezes ele erra, como foi o caso da Áustria.

Para começar foi uma jornada para chegar em Viena, na Aústria. O aerporto de Paris era super distante do centro da viagem e quando eu cheguei em Viena, peguei o metrô até a estação mais próxima do meu Airbnb e fiquei horas para conseguir me encontrar com o Uber pois ele não sabia onde eu estava exatamente mesmo eu dando as informações de tudo o que eu via a minha frente. Bom, cheguei no meu quarto mais de meia noite em um frio absurdo.

Meu Airbnb era um pouco distante do centro da cidade e apesar do bairro parecer de ser classe média-alta, foi o mais barato que eu havia encontrado (tirando os hostels, mas eu estava meio "traumatizado" depois da experiência em Bordeaux). E confesso que não gostei do local, primeiro porque era longe de tudo, até o supermacado era uns 40 minutos de caminhada, o mesmo para a estacação de trem mais próxima. Além disso, notei alguns olhares estranhos do tipo "você não é daqui", sim sim, sei que sou branco e tudo mais, mas por eu não ser branco, loiro dos olhos claros que é o biotipo comum do austríaco, rolou esses olhares (em alguns países, infelizmente, pode ser comum, como na Coreia do Sul, mas isso é para outro post). Um outro problema que tive foi na noite de natal, simplesmente o wi-fi da casa desapareceu, eu tentei contactar a dona da casa que morava no lugar inclusive, mas ela me respondeu no dia posterior e não resolveu, eu que fui no andar superior e liguei o componente que estava desligado (será por quê???).

E sim, eu passei a noite de natal sozinho, sem família ou amigos, eu tinha passado no mercado e feito umas compras de coisas que eu gosto de comer (não exatamente comidas natalinas) e fiz no meu quarto e tirando a questão do wi-ifi, foi OK. E só um adendo, a questão do wi-fi me pegou no dia, pois, em nenhum momento enquanto estiva na Europa, eu adquiri um chip de celular, eu basicamente usava minha internet da vivo quando funcionava e os wi-fi públicos e confesso que não senti essa falta absurda, na Europa foi bem tranquilo de encontrar wi-fi público.

Agora vamos a Viena. Olha, ás vezes me pego perguntando porque a Áustria estava me chamando, não vi nada na cidade que me enchesse os olhos, é uma cidade grande europeia, com prédios grandes, monumentos, igrejas, alguns castelos e parques. O natal é bonito, mas também não vi nada surpreendente. Talvez quem goste de música clássica aprecie melhor a cidade. Terra de Mozart, é bem comum ver vendedores na rua vendendo ingressos para óperas e concertos de músicas clássicas.

A cultura austriaca é bem semelhante a alemã, comem muita carne de porco inclusive. Em relação a semelhança cultural está muito relacionado a próximidade geográfica dos dois países, além disso a Áustria já foi um grande império chamado de Austro-Húngaro que cobria grande parte da Europa central (inclusive partes da Alemanha) e portanto tinha muita influência na região. O império colapsou no fim da Primeira Guerra Mundial.

Acho que a coisa que mais achei interessante em Viena foi um lugar que era todo ornamentado em estilo grego, inclusive com monumentos gregos. Enfim, eu fiquei em torno de uma semana na Aústria e segui viagem para visitar e passar o ano novo com minha melhor amiga na Noruega.



De Viena eu peguei um voo para Cracóvia na Polônia apenas para um trânsito de poucas horas e de lá segui para Oslo na Noruega onde minha melhor amiga me aguardava. Decidir passar o ano novo com a Ingrid foi umas das melhores decisões que eu tomei. Ela tinha se mudado para a Noruega um mês antes de eu começar minha jornada e passar aquela virada de ano juntos foi extremamente importante para nós porque foi o ano que começamos a realizar nossos sonhos. Ingrid e eu nós conhecemos a 10 anos e sempre estivemos um pelo outro, sempre apoiando um ao outro, passamos por momentos difícis juntos e celebramos a conquista um do outro.

Em se tratando da Noruega, eu confesso que não conheci muito, a maioria dos dias passamos em casa comendo besteira e assistindo Os Simpsons, o primeiro motivo para isso era o tempo, nevava todo dia, um frio absurdo e simplesmente escurecia por volta das 14h (isso mesmo, as 14h!). Outro porque a comuna que ela mora atualmente é um lugar pequeno onde não se tem muito o que fazer, mas visitamos uma comuna vizinha bem simpática por sinal e saímos um dia para jogar bochile (quem acompanha meu instagram deve lembrar daquele vídeo meu caindo enquanto jogava boliche na Noruega). E sabe aquela ideia de que a Noruega é fria e cara? Bom, é isso mesmo haha. Mas eu pretendo voltar em breve, não por conta do país em si, mas para rever a Ingrid, afinal já faz quase um ano (COMO O TEMPO VOA!)

A virada do ano foi simples, como eu disse é uma comuna pequene, cada vizinho solta os folgos da sua calçada. Eles não tem um ritual como o nosso do ano novo, aquele coisa de vestir branco, explodir um champangne, etc., mas fizemos uma ceia e foi divertido. 

E da Noruega segui viagem e me encontrei na Bulgária, outro chamado que eu não entendi muito bem, mas fica para a próxima.